terça-feira, 6 de maio de 2014

Dia 14 - Hornillos del Camino a Castrojeriz (20,5 km)


Acordei cedo e fui logo tomar café que estava incluso na diária do albergue. Tomei um café bem reforçado e dei início a minha caminhada. Esse trecho corresponde ao inicio das mesetas espanholas que são trechos bem planos mais que parecem não ter fim. Caminhamos quase sem fazer curvas em um campo aberto com plantações de cereais (trigo e cevada). É uma região bem diferente da região da Navarra pois não temos mais florestas e bosques e sim muito trigo e cevada em campos abertos. É imprescindível usar protetor solar nessa região, hoje fez muito sol. 

Comecei a caminhada com uma temperatura congelante de uns 5 graus e terminei a caminhada do dia com uns temperatura de uns 25, realmente o sol esquentou muito hoje. Ao passar pela cidade de Hontanas fiquei um pouco arrependido de não ter ido até lá no dia anterior,  é um pueblo bastante agradável e com uma infraestrutura bem superior a Hornillos del Camino. 

Parei em um albergue que tinha um restaurante com wi fi e tratei de me comunicar com a família pois tinha ficado totalmente isolado no dia anterior. Passei uma meia hora nesse restaurante e vi alguns peregrinos mas ninguém conhecido. Parece que os peregrinos que eu costumava ver todos os dias sumiram, como eu tenho tempo de sobra estou andando menos quilômetros por dia. Mas fiquei com uma sensação estranha por ver peregrinos que nunca tinha visto. 

De Hontanas ate Castrojeriz é uma região com muito trigo e cevada onde também podemos ver muitos cataventos para geração de energia eólica. Nas regiões onde tem mais vento os espanhóis utilizam bastante essa forma de energia,  o que é ótimo pois não é poluente. 

Depois de algum tempo, mais precisamente às 13:10 cheguei em Castrojeriz, uma cidade de praticamente 2 ruas ruas apenas,  mas bem compridas,  a principal tem uns 2 km. Dei uma volta e comi um bocadillo de jamon. Ninguém conhecido nem no albergue.  Resolvi então reservar o jantar do próprio albergue. Nesse jantar tinha apenas 6 pessoas,  2 senhoras da Bulgária, um casal da terceira idade da Holanda e um senhor norte americano. Depois do jantar o dono do albergue nos mostrou o equipamento que tinha no albergue para prensar a uva e fazer uma bebida destilada tipo cachaça chamada Orujo, muito comum nessa região da Espanha. Depois deixou ainda nós degustamos um pouco, é uma mistura de licor com cachaça. Após a janta, umas nove da noite, com o céu ainda claro fui dormir











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