O trecho é todo de bosque assim como o dia anterior mas só que choveu então foi o dia que teve mais lama também. (Gostei bastante de caminhar sozinho, assim podemos refletir mais). Após a fábrica, avistamos uma cachoeira muito bonita e a estrada fica margeando o rio Arga o tempo todo. Além da vista que é maravilhosa ficamos ouvindo barulho de passarinhos e o barulho da água do rio.
Passei pelas cidades de Zuriain e Irotz. Quando cheguei em Zabaldika tinha a opção de escolher entre 2 caminhos. Escolhi o que fazia o desvio para a igreja de Santo Esteban. A igreja é do século XIII e é muito bonita. Tinha uma senhora na recepção que carimbou minha credencial me deixou bater umas fotos e subir no alto da igreja para tocar o sino. A subida é por uma escada em espiral muito estreita que mal me cabia, mesmo assim subi e dei 2 badaladas no sino, cuja tradição reza que traz sorte ao peregrino, um momento muito marcante no caminho.
Na descida peguei um trecho com muita lama, as botas ficaram toda enlameadas até que cheguei em Arre. Daí até Pamplona foi um trecho todo urbano, porém quando estava quase em Pamplona desabou uma chuva novamente.
Atravessei a Puente de L Madaglena debaixo de chuva assim assim como a linda entrada murada de Pamplona. O casco histórico de Pamplona parece estar dentro de uma Fortaleza. Cheguei no albergue as 13:40. Fui limpar as botas e depois fui a pé até a Decathlon para comprar meu casaco impermeável. Aproveitei para comprar frutas e pão para o cafe do dia seguinte. Sai para jantar as 19:45 com os 4 brasileiros: o canadense Tobias a portuguesa Joana e uma senhora da Irlanda. Experimentamos os famosos pinchos de Pamplona. Ao acabar a janta voltamos ao albergue descansar para o dia que viria.
Lindo e emocionante!
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